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sábado, 15 de março de 2014

VOO QUE SUMIU PODE TER TOMADO DOIS CAMINHOS NO OCEANO ÍNDICO, DIZ CNN.

Uma análise feita pela emissora norte-americana CNN com base em dados classificados de inteligência eletrônica e de satélite sugere dois possíveis caminhos para o voo da Malaysia Airlinesque desapareceu com 239 pessoas. Segundo os dados da CNN, ou o avião caiu no Golfo de Bengala, a oeste da Índia, ou no Oceano Índico, sentido Hemisfério Sul.
A análise conduzida pelos Estados Unidos e pelo governo da Malásia limita uma nova área de buscas para o avião, que desapareceu no sábado passado enquanto fazia o trajeto entre Kuala Lampur, na Malásia, e Pequim, na China.
A análise de inteligência tem informações suficientes para que os Estados Unidos moverem o USS Kidd, um navio guiado antimísseis, para o Oceano Índico e órgãos oficiais da Índia começarem os esforços de buscas no Golfo de Bengala, diz a CNN.
A nova teoria é guiada por informações recebidas via satélite por sinais enviados pelo avião de forma automática. Inmarsat, uma empresa de informações via satélite, confirmou para a CNN que os sinais automáticos foram registrados em seus arquivos.
Na quinta-feira, a Casa Branca anunciou que tinha informações que o avião poderia estar no Oceano Índico. A Índia anunciou que iniciou as buscas também em cerca de 500 ilhas selvagens e pouco habitadas na região.
Segundo afirma o jornal New York Times nesta sexta, o Boing mudou várias vezes de direção e altitude após perder contato com as torres de controle. Segundo o jornal, que cita fontes ligadas à investigação, o avião que partiu de Kuala Lumpur com destino a Pequim subiu a 13.700 metros de altitude, muito acima do limite permitido para um Boeing 777.
Sinais de radar registrados pela Marinha da Malásia revelam que após atingir os 13.700 metros, o avião passou a descer de maneira irregular até a altitude de 7 mil metros, quando se encontrava na zona de Penang, uma ilha malaia muito povoada. Em seguida, o Boeing - que seguia para sudoeste - recuperou altitude e mudou de curso para noroeste, em direção ao Oceano Índico.
Dados obtidos por radares militares sugerem que o avião da companhia Malaysia Airlines que desapareceu há quase uma semana voou deliberadamente por centenas de quilômetros fora de sua rota, elevando a suspeita de que o sumiço possa ter sido criminoso, informaram fontes à agência Reuters. As análises sugerem que o avião seguiu para o oeste, usando rotas normalmente usadas por voos para o Oriente Médio e a Europa.
Duas fontes disseram que uma aeronave ainda não identificada, que os investigadores acreditam ser o avião desaparecido, seguiu uma rota entre dois pontos de balizamento definidos, o que sugere que estava sendo pilotada por alguém com formação em aviação. Esse aparelho foi detectado por um radar militar pela última vez na costa noroeste da Malásia.
Isso indica que ou os pilotos ou alguém com conhecimento de avião pilotava o avião.
A última informação recebida pelos radares militares indica que o avião estava voando em direção às Ilhas de Andamão, na Índia. As buscas foram estendidas para a região, mas nada foi encontrado por enquanto.
Uma terceira fonte informou que as investigações estão cada vez mais focadas na teoria de que alguém que sabia pilotar desviou o voo deliberadamente.
"O que podemos dizer é que estamos examinando uma sabotagem, sendo que um sequestro ainda está nas cartas", disse uma fonte, que é um agente graduado da polícia da Malásia.
Último sinal
O avião foi visto pela última vez nos radares civis pouco antes de 1h30 de sábado passado (horário local), menos de uma hora depois de decolar de Kuala Lumpur. Nesse momento, a aeronave voava para nordeste, na direção de Pequim, passando sobre a entrada do golfo da Tailândia, perto da costa leste da Malásia.
Mas, na quarta-feira, o comandante da Força Aérea malaia disse que o avião foi observado por um radar militar, às 2h15, num ponto 320 quilômetros a noroeste da ilha de Penang, na costa oeste da Malásia.
O fato de o avião ter perdido contato com o controle de tráfego e estar invisível para os radares civis sugere que alguém a bordo desligou os sistemas de comunicação, segundo as primeiras duas fontes. Elas também deram mais detalhes sobre a direção assumida pelo avião não identificado, acompanhando corredores de aviação que constam nos mapas de pilotagem sob os códigos N571 e P628. Essas rotas são percorridas por aviões comerciais que viajam do Sudeste Asiático para o Oriente Médio e a Europa, e podem ser encontradas em documentos públicos divulgados por autoridades regionais de aviação.
Numa descrição bem mais detalhada do que havia sido divulgada até agora sobre a localização do avião nos radares militares, as fontes disseram que a última posição confirmada do MH370 foi a 35 mil pés de altitude, a cerca de 90 milhas (144 quilômetros) da costa leste da Malásia, na direção do Vietnã -- um ponto de navegação chamado "Igari". Isso foi à 1h21 de sábado.
O monitoramento militar sugere que o avião fez uma brusca curva para oeste, na direção de um ponto chamado "Vampi", a nordeste da ilha indonésia de Sumatra. Esse ponto é usado como referência para aviões na rota N571, que vai para o Oriente Médio.
De lá, o radar indica que o avião se dirigiu a um ponto chamado "Gival", ao sul da ilha tailandesa de Phuket, e foi visto pela última vez indo para noroeste, na direção do ponto "Igrex", que fica na direção das ilhas Andaman e é usado na rota P628, para a Europa.
Ele passou por esse ponto às 2h15 -- a mesma hora citada na quarta-feira pelo comandante da Força Aérea, que não deu informações sobre qual era a possível direção do avião. As fontes disseram que a Malásia está solicitando dados brutos dos radares das vizinhas Tailândia, Indonésia e Índia, que possui uma base naval nas Andaman.

Fonte: G1

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